Dólar abre em queda com foco em fim do shutdown nos EUA e falas de Galípolo

  • 12/11/2025
(Foto: Reprodução)
Dólar cai a R$ 5,27 e atinge menor nível desde junho de 2024 O dólar inicia a sessão desta quarta-feira (12) em queda. Por volta das 9h05, a moeda americana recuava 0,05%, sendo negociada a R$ 5,2700. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Os mercados iniciam o dia acompanhando eventos que podem influenciar decisões e expectativas. No exterior, a possível solução para a paralisação do governo americano domina as atenções, enquanto, no Brasil, indicadores econômicos e declarações do Banco Central entram no radar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos Estados Unidos, a Câmara deve votar hoje um acordo para retomar o financiamento das agências federais até janeiro de 2026. O presidente Donald Trump já sinalizou que sancionará o texto assim que for aprovado, o que pode encerrar o shutdown após 43 dias. 🔎 “Shutdown” significa paralisação. Nos EUA, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades por falta de aprovação, pelo Congresso, do orçamento anual ou de um financiamento provisório para os gastos públicos. ▶️ No Brasil, o destaque da manhã é a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços pelo IBGE, às 9h. O desempenho do setor é considerado um termômetro importante para o PIB e pode influenciar as projeções sobre os próximos passos do Banco Central, num momento em que parte do mercado revisa as projeções de juros. ▶️ Investidores também acompanham declarações do Banco Central. Às 10h, o presidente Gabriel Galípolo e diretores participam de coletiva, e à tarde Galípolo estará em evento da Bradesco Asset. Comentários sobre o início de um possível ciclo de cortes na taxa básica podem trazer volatilidade aos mercados. ▶️ A pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje deve ter impacto limitado nos ativos. O levantamento confirma sinais já antecipados pelo mercado sobre uma interrupção na tendência de melhora da aprovação do governo Lula, apontada por sondagens recentes. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -1,19%; Acumulado do mês: -1,99%; Acumulado do ano: -14,68%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +2,39%; Acumulado do mês: +5,49%; Acumulado do ano: +31,15%. Paralisação do governo americano no 43º dia A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 43º dia, com expectativa de encerramento nos próximos dias. A Câmara, controlada pelos republicanos, deve votar à tarde um acordo que restabelece o financiamento das agências federais. O presidente Donald Trump disse que vai sancionar o texto logo na sequência. O acordo foi aprovado pelo Senado na segunda-feira (10), pelo placar mínimo de 60 votos a 40. Oito democratas do Senado romperam com a liderança do partido para aprovar o pacote que estenderá o financiamento até 30 de janeiro, deixando o governo federal em um caminho para continuar adicionando cerca de US$1,8 trilhão por ano à sua dívida de US$38 trilhões. A proposta prevê o funcionamento do governo até 30 de janeiro de 2026, além de garantir o pagamento retroativo a funcionários como os controladores de tráfego aéreo, que foram criticados por Trump por se ausentarem do trabalho durante o período sem remuneração. A proposta gerou divisão entre os democratas. O partido tentou estender subsídios de saúde para 24 milhões de americanos além do fim do ano, quando expiram. Os republicanos do Senado concordaram em votar essa extensão em dezembro, mas não há garantia de aprovação. O presidente da Câmara, Mike Johnson, não informou se colocará o tema defendido pelos democratas em votação. A paralisação já provoca impactos em diversos serviços, incluindo o cancelamento de mais de mil voos apenas na terça-feira. Programas federais como o de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), também enfrentam instabilidade, após o governo orientar estados a suspenderem pagamentos iniciados no fim de semana. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados fecharam sem direção única, com investidores preocupados com a valorização excessiva das ações de tecnologia. Ao mesmo tempo, o clima foi de expectativa em torno do fim da paralisação do governo, que já dura mais de 40 dias. Por lá, dados de emprego da ADP mostraram que, nas últimas quatro semanas até 25 de outubro, empresas privadas cortaram em média 11.250 empregos por semana, o que também contribui para o clima de cautela. O índice Dow Jones atingiu um novo recorde de fechamento após subir 1,18%, aos 47.927,96 pontos. O S&P 500 avançou 0,22%, aos 6.847,36 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 0,25%, aos 23.468,30 pontos, influenciado pela queda de quase 3% nas ações da Nvidia. Enquanto isso, as bolsas europeias fecharam em alta, dando continuidade ao movimento positivo da véspera. O bom desempenho foi impulsionado por balanços corporativos e dados econômicos locais, além da expectativa de que a paralisação do governo americano esteja próxima do fim. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1,15%, encerrando o dia em 9.899,60 pontos e renovando seu recorde de fechamento. O STOXX 600 avançou 1,33%, aos 580,41 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,53%, aos 24.088,06 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, ganhou 1,25%, aos 8.156,23 pontos. Na Ásia, os mercados fecharam mistos. Na China, investidores realizaram lucros em meio à ausência de novos fatores que impulsionem os negócios. Analistas projetam crescimento de 4,5% para a economia chinesa em 2026, com exportações em queda e o setor imobiliário ainda em desaceleração. Em Hong Kong, a fabricante de veículos elétricos Xpeng teve forte valorização após anunciar novos modelos de robotáxi com testes previstos para 2026. O índice Nikkei, de Tóquio, caiu 0,14%, fechando em 50.842 pontos. Em Xangai, o SSEC recuou 0,39%, a 4.002 pontos, e o CSI300 perdeu 0,91%, a 4.652 pontos. Já o KOSPI, de Seul, subiu 0,81%, a 4.106 pontos. Em Taiwan, o TAIEX caiu 0,30%, a 27.784 pontos, enquanto o índice Straits Times, de Cingapura, avançou 1,20%, a 4.542 pontos. *Com informações da agência de notícias Reuters. Dólar Karolina Kaboompics/Pexels

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/11/12/dolar-ibovespa.ghtml


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