Bebê morreu por asfixia e constrição cervical em creche no DF, diz certidão de óbito

  • 13/12/2025
(Foto: Reprodução)
Polícia investiga morte de bebê numa creche informal, em Ceilândia A certidão de óbito de Laura Rebeca, de 1 ano e 4 meses — bebê que morreu enquanto estava com uma cuidadora em Ceilândia, no Distrito Federal, na quinta-feira (11) — aponta que a criança morreu por asfixia e constrição cervical em creche em Ceilândia. A família recebeu o documento nesta sexta-feira (12) (veja vídeo acima). 🔎Constrição cervical: o termo é usado para enforcamento, estrangulamento ou esganadura, dependendo do que provocou a compressão do pescoço. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve sair dentro de 30 dias. A criança foi encontrada com sinais de asfixia, deitada no bebê-conforto. Laura sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi atendida pelo Samu ainda dentro da casa, mas não resistiu. O velório e o sepultamento estão marcados para a manhã deste sábado (13). De acordo com o delegado Fábio Farias, que investiga o caso, a dona da creche, Silvia Oliveira Mendes, de 51 anos, e o marido dela, Marcelo Pereira Araújo, de 46 anos, devem responder por homicídio. Os vizinhos da creche afirmaram que a responsável pelo espaço saiu na noite de quinta-feira (11) com o marido e não voltou mais. Os dois trabalhavam há quatro anos na creche informal, que abriram em casa. Primeira vez que bebê ficou no local, diz mãe Lorraine Stephanie, mãe de bebê encontrada morta no DF Lorraine Stephanie, de 27 anos, mãe da bebê, afirmou que a bebê foi deixada no local pela avó na manhã de quinta-feira (11). A mãe afirma que foi a primeira vez que a filha ficou com a cuidadora, pois precisava trabalhar. Laura era a mais nova entre três irmãos. A cabelereira falou para a TV Globo, na manhã desta sexta (12), que a filha foi encontrada desacordada na casa usada como creche. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. "[Socorristas] Ficaram 40 minutos tentando reanimar minha filha e não conseguiram", disse a mãe. Lorraine também disse que a cuidadora deu versões diferentes sobre o que aconteceu. A mãe contou que a cuidadora enviou fotos da bebê até o horário do almoço. Em nota, a Secretaria de Educação do DF disse que não há nenhuma creche pública ou credenciada pela pasta no endereço da mulher. "Por se tratar de estabelecimento em situação irregular, comunicamos ainda que o Conselho de Educação adotará as medidas cabíveis para a devida apuração dos fatos", falou a pasta. O presidente do Conselho de Educação do DF, Álvaro Moreira Domingues Júnior, afirmou, nesta sexta-feira (12), que não havia recebido denúncias sobre a creche. "Aquelas [creches] que são irregulares nós só tomamos conhecimento quando existe denúncia. Denúncia de pais, de concorrentes, ai sim a gente toma conhecimento. Normalmente, a gente visita ou orienta pra que a pessoa se habilite, se credencie pra ofertar aquele trabalho e pedimos ao DF Legal que visite esse local", aponta o Álvaro Domingues. Depoimento da cuidadora Em depoimento à polícia, a cuidadora Silvia Oliveira Mendes contou que Laura chegou às 8h30, tomou café da manhã e dormiu. Mais tarde, Silvia deu o almoço e colocou a criança para dormir em um bebê-conforto, presa a um cinto. Ao chegar no quarto, às 14h, a cuidadora contou que encontrou a criança roxa e chamou o companheiro para ligar para o Samu. Depois, a mãe foi informada. A dona da creche, Silvia Oliveira Mendes, afirmou que recebeu três crianças pela manhã e oito pela tarde. Ela ainda afirmou que cobrava R$ 50 a diária para cuidar das crianças. Como foi o caso Laura Rebeca, de 1 ano e 4 meses, morreu enquanto estava com cuidadora em Ceilândia, no DF arquivo pessoal Segundo o pai, Pablo Vitor, a bebê estava sob os cuidados da avó na quinta (11) – mas a mulher precisou resolver um problema e deixou a bebê na casa da mulher, que funcionava como uma espécie de creche. Segundo ele, a família escolheu o local porque recebeu boas recomendações. A bebê ficou dormindo em um bebê-conforto. Ele foi informado de que, após duas horas, a cuidadora percebeu que a criança estava muito quieta. Ao ver a criança, a cuidadora viu que o cinto do equipamento poderia estar asfixiando-a. 'Muito triste ver o corpo da minha filha saindo pelo IML', diz pai da bebê A versão apresentada para o pai sobre como foi a morte da criança ainda não foi confirmada pela Polícia Civil. O Samu e o Corpo de Bombeiros foram chamados, mas a bebê não resistiu. "Quando cheguei lá e vi o corpinho dela, marcas no pescoço, nariz com sangue. Muito triste ver o corpo da minha filha saindo pelo IML", disse Pablo Vitor para a TV Globo, na noite de quinta (11). Laura Rebeca, de 1 ano e 4 meses, morreu enquanto estava com cuidadora em Ceilândia, no DF arquivo pessoal O que diz a Secretaria de Educação O Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF) informa que, ao tomar conhecimento da existência de determinado estabelecimento oferecendo serviço educacional de forma irregular, a Diretoria de Regulação e Supervisão da Rede Privada determina a visita técnica ao local para averiguar as condições de estrutura educacional, verificar o número de crianças atendidas e a faixa etária. Constatada a irregularidade no funcionamento de estabelecimento irregular, o CEDF encaminha ofício ao DF Legal, que é o órgão que pode impedir o funcionamento do estabelecimento. O Conselho de Educação encaminhará no prazo de 3 dias úteis ofício ao DF Legal com as informações levantadas em supervisão in loco. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/12/13/bebe-morreu-por-asfixia-e-constricao-cervical-em-creche-no-df-diz-certidao-de-obito.ghtml


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