Condenado a mais de 35 anos, detento foragido é encontrado morto em área de mata no interior do Acre
17/09/2024
Rodrigo Duarte Gomes cumpria pena por ter matado a namorada e jogado o corpo em uma cisterna em agosto de 2020. Ele havia fugido no dia 9 de setembro, junto com Adelcivane Gomes de Azevedo, após utilizar ferros da própria estrutura da cela nº 12, no bloco 3 da unidade, para fazer um buraco na laje e escapar. Rodrigo Duarte Gomes foi condenado em 2022 por matar a namorada e jogar corpo em cisterna
Reprodução/Iapen
O detento Rodrigo Duarte Gomes, que estava foragido do presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, foi encontrado morto nesta segunda-feira (16), com marcas de tiros e facadas em uma área de mata na região do Rio Croa. No dia 9 de setembro, ele havia fugido junto com Adelcivane Gomes de Azevedo após utilizar ferros da própria estrutura da cela nº 12, no bloco 3 da unidade, para fazer um buraco na laje e escapar.
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Gomes foi sentenciado a 35 anos de prisão por homicídio qualificado por feminicídio, furto e ocultação de cadáver. Atualmente, ele cumpria pena por ter matado a namorada e jogado o corpo em uma cisterna em agosto de 2020.
Rosiane Martins Cavalcante, de 26 anos, foi achada morta dentro de uma cisterna no bairro Eldorado, em Rio Branco. Rosiane estava com um fio enrolado ao pescoço e a blusa dela no rosto. A suspeita é de que a vítima foi morta por asfixia.
O delegado da Polícia Civil, Heverton Carvalho, afirmou que através do Núcleo Especializado do município já tinham informações de que o foragido estava nas proximidades e acreditavam que iriam recapturá-lo, porém receberam denúncias anônimas que o caso se tratava de um homicídio.
"A Polícia Civil saiu em campo no sentido de tentar localizar onde esse corpo estava. Esse corpo foi localizado ali naquela região do Croa, região que é turística aqui no município de Cruzeiro do Sul, conhecido por todos os acreanos. Eles subiram numa região um pouco distante da beira e tiraram a vida desse jovem ali nas beiras do barranco", explicou Carvalho.
Sobre as circunstâncias da morte, o delegado disse que a investigação está em aberto e que a análise segue agora para identificar os autores do crime.
"Já temos algumas linhas de investigação traçadas, mas o fato é que esses indivíduos executaram esse indivíduo e enterraram ele ali na zona de mata fechada, dificultando assim um trabalho policial, a polícia teve muita dificuldade para chegar ao local. É um local de difícil acesso, passamos ontem (16), o dia inteiro envolvido nessa localização desse corpo, na retirada do corpo", comentou ele.
Carvalho esclarece que segundo as investigações, o homem morto não residia na localidade e que teria sido convidado por algumas pessoas que devem ter "aproveitado a oportunidade" e o executado. "A investigação ainda vai elucidar essa situação, no sentido de identificar quantas pessoas estavam no barco, quem estava no barco. Mas a gente vai dar maiores detalhes ao longo da investigação, após saber quem é, a quantidade de pessoas, quem realmente estava envolvido ou não. Porque tem pessoas que estavam pegando apenas o transporte para subir, já que ali é uma comunidade cheia de famílias", complementou.
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Adelcivane Gomes de Azevedo já havia fugido junto a outros três detentos em julho deste ano e foi recapturado sete dias depois
Reprodução
De acordo com o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), as buscas por Adelcivane Gomes de Azevedo continuam e não há novidades para divulgar. "As buscas continuam, mas não podemos dar detalhes para não atrapalhar as investigações", resumiu o órgão.
Azevedo já havia escapado do mesmo presídio em julho deste ano, quando ele e outros três detentos fizeram um buraco na parede da cela nº 322, no bloco 12 da unidade.
Ele foi recapturado sete dias depois, enquanto pedalava na Avenida Coronel Mâncio Lima, em Cruzeiro do Sul, quando foi capturado por policiais civis.
*Colaborou o videorrepórter Mazinho Rogério, da Rede Amazônica Acre.
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