Fã do Queen relembra show icônico que emocionou Freddie Mercury no 1º Rock in Rio: 'Inesquecível'

  • 14/09/2024
(Foto: Reprodução)
Carlos Jacobina, de Itu (SP), foi à primeira edição do festival, em 1985, com o primo por acaso: ao comprarem uma camiseta de uma loja de departamentos, eles ganharam os ingressos. Edição 2024 do evento começou na sexta-feira (13). Carlos Jacobina à esquerda; Freddie Mercury, em show do Queen no 1º Rock in Rio à direita Arquivo pessoal - Reprodução/Rock in Rio Seja no filme mais recente que conta a história da banda, em documentários ou, simplesmente, no YouTube: se você gosta de rock, certamente já assistiu a trechos do icônico show do Queen na primeira edição do Rock in Rio, em 1985, e, assim como o vocalista Freddie Mercury e o guitarrista Brian May, se emocionou com as 250 mil pessoas presentes cantando "Love of My Life" em uníssono. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp O momento, que marcou não somente a trajetória da banda britânica, mas também a história do rock no Brasil, foi ainda mais especial para o gerente geral de um resort Carlos Jacobina, de 57 anos, que é fã do Queen e teve a oportunidade de assistir à apresentação pessoalmente no dia 11 de janeiro de 1985, na antiga Cidade do Rock, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ). Carlos nasceu em São Paulo (SP), mas mora em Itu, no interior do estado, há seis anos. No mês do primeiro Rock in Rio, ele estava de férias do trabalho e, assim como fazia todo ano, havia viajado a Niterói (RJ) para ficar na casa dos tios. A ideia de ir ao evento, no entanto, sequer havia passado pela cabeça dele. "Se falava muito que ia acontecer o Rock in Rio, só que era uma coisa muito distante para as pessoas. Além da distância, a gente escutava muita coisa ruim sobre festivais internacionais de música. Tinha até uma lenda urbana de que Nostradamus havia previsto que iria abrir o chão no primeiro festival grande de música", lembra. Saiba mais sobre a edição 2024 do Rock in Rio Os ingressos para o primeiro dia do Rock in Rio chegaram até Carlos e o primo, que morava em Niterói na época, por acaso. Os dois haviam entrado em uma loja de departamentos para comprar roupas e, sem querer, se depararam com uma promoção: quem comprasse uma camiseta ganharia um ingresso para o evento. Foi então que eles decidiram arriscar. O primeiro dia da primeira edição Multidão acompanha primeira edição do Rock in Rio em 1985, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro Rock in Rio/Divulgação Para chegar a Jacarepaguá, os primos enfrentaram uma verdadeira viagem saindo de Niterói. Nas mochilas, que não eram revistadas na época, levaram lanches. "Isso [falta de revista] me chamou atenção no dia, mas não lembro de ter visto nenhuma briga ou assalto no show", conta Carlos. Em 1985, o festival durou 10 dias: de 11 a 20 de janeiro. Além do Queen, o line-up do primeiro dia trazia nomes como Iron Maiden (em seu primeiro show no Brasil), Whitesnake (substituindo Def Leppard após um cancelamento de última hora), Baby do Brasil e Pepeu Gomes, Erasmo Carlos e, claro, Ney Matogrosso, que foi recebido a ovadas pelo público. "Eu nunca gostei de rock metal. Fui ao show para ver o Queen e, consequentemente, vi o Ney Matogrosso no meio daquela loucura de metaleiros. Tinha muita gente de preto, que curtia metal, porque era a primeira vez que ia ter show do Iron Maiden no Brasil. Ney Matogrosso estava completamente fora do contexto, mas era tão audacioso que algumas pessoas paravam para assistir", relata. Mas o ponto alto do festival foi, de fato, a apresentação do Queen. "Foi inesquecível. O vídeo de 'Love of My Life', cantada no primeiro Rock in Rio, deve ser o mais visto até hoje no YouTube. Foi lindo, o único dia que não choveu, porque o segundo dia já foi de lama. Era um calor insuportável. Eu lembro das pessoas tomando banho na fonte que tinha no local", explica. "Ficou marcada para mim a sensação de sair de lá depois do show do Queen e voltar para casa pensando em tudo aquilo que eu tinha vivenciado." Público cantou 'Love of My Life' e emocionou Freddie Mercury no Rock in Rio Reprodução/Rock in Rio Ao contrário das edições atuais do Rock in Rio, a primeira ainda não contava com muitas opções tecnológicas, mas Carlos garante que isso não atrapalhou o espetáculo. "O máximo que tivemos foi o boneco inflável Eddie do Iron Maiden. Além disso, todos ganhamos uma luva amarela para levantar no encerramento e passar de um lado para o outro. A queima de fogos do final também foi incrível", relata. Como o uso de câmeras fotográficas não era tão comum na época, Carlos não tem nenhum registro em foto do primeiro dia de Rock in Rio. O ingresso e a luva amarela também ficaram apenas na lembrança. Talvez por isso ele só tenha começado a entender a importância de ter participado da primeira edição do festival com o passar do tempo. "É algo inacreditável. Uma vez, fui a uma palestra com a Roberta Medina [filha do criador do evento] e ela perguntou no teatro, que tinha pelo menos umas 700 pessoas, quem tinha estado no primeiro Rock In Rio. Eu acho que umas 30 pessoas levantaram. Em seguida, ela falou: 'e quantos estavam no primeiro dia da primeira edição?'. Só tínhamos dois. Eu e mais um senhor. Eu falei: 'uau, realmente eu presenciei um momento muito importante na história do rock no Brasil'." 'Music in Rio' Pôr do sol visto do alto da roda gigante na Cidade do Rock Erick Parente/TV Globo Anos depois do primeiro Rock in Rio, já na década de 1990, Carlos morou durante quatro anos na Inglaterra - e viveu de perto os "anos de ouro" do rock internacional. "Eu estava lá quando o Freddie Mercury morreu, quando teve o famoso show em tributo a ele e, como trabalhei em uma empresa que fazia eventos para a indústria do cinema, participei de um coquetel de lançamento de um documentário da vida do Freddie Mercury. Todos os integrantes da banda foram assistir. Isso também foi inesquecível", lembra. Mas, embora seja fã de rock, Carlos entende que o Rock in Rio vive hoje um novo momento. "Não é mais apenas Rock In Rio, é 'Music in Rio', porque tem de tudo: de Ivete Sangalo a Alicia Keys. São todos os gêneros musicais... Axé, samba, rock, pop. Virou um momento da música como um todo, um festival de música", opina. Roda gigante da Cidade do Rock Rafael Nascimento/g1 Rio Apesar de isso não ser um empecilho para ele, o gerente confessa que, aos poucos, foi perdendo o interesse por esse tipo de evento. Tanto é que, neste ano, pretende assistir ao Rock in Rio pela televisão, no conforto de sua casa. "Por mais que hoje tenha mais tecnologia, não me vejo mais nesses locais com dificuldade para comprar água. Fora a exploração e os preços abusivos dos ingressos", comenta. Mesmo assim, existe uma banda específica que pode fazê-lo voltar à Cidade do Rock (a nova, desta vez) no futuro: "se é para sonhar, então vamos sonhar alto. Eu gostaria de ver o U2 no Rock in Rio um dia", completa. Edição 2024 Rock in Rio começou na sexta-feira (13) e segue até o dia 22 de setembro Reprodução A edição 2024 do Rock in Rio começou na sexta-feira (13) e segue até o dia 22 de setembro, na Cidade do Rock, na zona oeste do Rio de Janeiro. Entre as atrações do primeiro dia, destaque para Matuê com Wiu e Teto, Ludmilla, 21 Savage e Travis Scott. O festival continua neste sábado (14), com um line-up liderado por Lulu Santos, Zara Larsson, OneRepublic e Imagine Dragons no Palco Mundo. A programação completa está disponível aqui. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2024/09/14/fa-do-queen-relembra-show-iconico-que-emocionou-freddie-mercury-no-1o-rock-in-rio-inesquecivel.ghtml


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