Governo de SP recolhe lote com mais de mil coletes à prova de bala de agentes penais vencidos
27/06/2025
(Foto: Reprodução) Segundo o Sindicato dos Policiais Penais do Estado (Sindpenal), o governo retirou de operação um lote com mais de 1.300 coletes vencidos há cerca de duas semanas. Policiais penais denunciam coletes balísticos vencidos
O governo de São Paulo recolheu coletes à prova de bala vencidos que estavam em presídios estaduais. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (27) pelo Sindicato dos Policiais Penais do Estado (Sindpenal).
Na quinta-feira (26), o SP2 mostrou que coletes vencidos seguiam em uso nas unidades prisionais da Grande São Paulo, do interior e do litoral paulista, conforme o sindicato.
O governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária, negou que os policiais penais estivessem usando coletes vencidos, porém confirmou que abriu uma licitação para aquisição de 9.500 novos coletes, que devem ser entregues no fim de julho.
Conforme o Sindpenal, o governo retirou de operação um lote com mais de 1.300 coletes que venceram no último dia 13, há cerca de duas semanas. Porém, não houve reposição imediata dos equipamentos, o que deve obrigar os agentes a realizar rodízio no uso da proteção.
O sindicato informou que, na Penitenciária de Presidente Prudente, por exemplo, há apenas oito coletes disponíveis para 42 agentes que utilizam o equipamento.
Os coletes, após o vencimento, perdem a garantia de eficácia na proteção dos agentes que atuam na guarda das muralhas dos presídios, no transporte e na escolta de presos.
Em nota, a SAP informou que todos possuem os "equipamentos em condições". Afirmou também que em hipótese alguma eles trabalham com coletes vencidos, e que, em alguns casos, por causa de afastamento ou férias, a troca ainda não foi feita, mas será realizada com urgência.
Coletes vencidos na PM
Rodízio de coletes à prova de balas na PM de SP
Em abril, o SP2 mostrou que a entrega dos equipamentos para a Polícia Militar também estava atrasada.
O governo havia comprado 17 mil coletes, mas, por problemas na licitação, apenas 3.000 tinham sido entregues até então, o que levou a Polícia Militar a fazer rodízio dos equipamentos.
Um policial militar, que prefere não se identificar, contou que, por isso, ele e os colegas continuam fazendo um rodízio de coletes para ninguém ficar sem proteção. Como cada policial tem um biotipo diferente, nem sempre o rodízio ocorre.
Coletes balísticos de policiais penais
Reprodução/TV Globo
