Quem está por trás das câmeras e fortalece o jornalismo comunitário em MS
19/12/2025
(Foto: Reprodução) A historia do jornalismo comunitário da TV Morena, nesses 60 anos de RMC
Profissionais que atuam nos bastidores do MS1, da TV Morena, reforçam o jornalismo comunitário em Mato Grosso do Sul ao se aproximarem a população da redação e cobrar respostas do poder público.
➡️Esta reportagem integra a comemoração dos 60 anos da Rede Matogrossense de Comunicação (RMC), da qual a TV Morena faz parte. O conteúdo foi exibido no telejornal MS1 desta quinta-feira (18).
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O telejornal aposta na escuta da comunidade para identificar problemas nos bairros, acompanhar soluções e dar visibilidade às demandas da população. A proposta é levar o jornalismo para onde as pessoas estão e mostrar situações que impactam o dia a dia.
Participação do público mudou com a tecnologia
Atualmente, sugestões de pauta chegam principalmente pelo WhatsApp. Antes, o contato era feito por telefone e centralizado na redação.
“Nós temos problemas que acontecem, né? O repórter está sempre ali, sempre está de olho. Tem que cobrar, o jornalismo tem que ajudar a gente a cobrar as autoridades. Através da matéria da TV, as autoridades tomam uma atitude”, destacou a assistente na área de Conteúdo da TV Morena, Lígia Garcia.
Durante anos, as ligações eram recebidas por funcionários da emissora e encaminhadas à equipe de jornalismo. Uma delas foi Lígia, que atuava diretamente nesse contato com o público.
“De todas as regiões, Osvaldo, e nós tínhamos uma demanda muito grande naquela época. Asfalto, médicos nos postos de saúde, a demanda muito grande. Dependendo, a gente já encaminhava direto para a redação", lembrou Lígia.
Bastidores garantem a rotina do jornal
A produção do MS1 envolve jornalistas, editores, técnicos e repórteres cinematográficos. A equipe atua diariamente para definir pautas e organizar o conteúdo que vai ao ar de segunda a sábado, às 10h45.
A editora Juliane Katayama, que trabalha há dez anos na emissora, explica que a participação do público influência o planejamento do jornal.
“A gente chega, vê o que está previsto para as pautas e vai para o WhatsApp, porque a gente tem muitas participações dos telespectadores, muitos pedidos", diz Juliane.
Ela afirma que ver resultados após a exibição das reportagens motiva a equipe. “É uma realização da gente ajudando as pessoas".
Reportagens acompanham problemas nos bairros
Além de mostrar denúncias, o jornal acompanha o desdobramento dos casos. No quadro "Bairro Que Eu Quero", por exemplo, a equipe voltou ao Jardim Imperial após uma denúncia sobre um terreno com acúmulo de lixo.
Três meses depois, o local continuava sem limpeza, o que preocupava moradores devido à saúde e da segurança. Após a repercussão, o bairro passou a receber rondas mais frequentes da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar.
Apresentação fora do estúdio aproxima o público
O MS1 também aposta em edições fora do estúdio, com participação direta da população, em pautas sobre saúde, educação e segurança pública. Nessas ocasiões, moradores, autoridades e especialistas participam ao vivo.
A repórter Ana Lívia Tavares, que assumiu a apresentação do jornal durante a licença-maternidade de Bruna Mendes, explica a diferença no contato com o público.
“Quando a gente faz uma reportagem na rua, o nosso contato é direto. Aqui, a gente olha para uma câmera e sabe que está falando com milhares de pessoas”, destacou Ana Lívia Tavares.
Jornalismo comunitário como compromisso diário
A série mostrou que o jornalismo comunitário da TV Morena se constrói com a participação do público e com o trabalho de profissionais que atuam antes, durante e depois da exibição do jornal.
A proposta foi dar espaço às demandas da população, cobrar soluções e acompanhar resultados.
“De todas as regiões nós tínhamos uma demanda muito grande naquela época. Asfalto, médicos nos postos de saúde, eram muitas ligações. Dependendo do caso, já encaminhávamos direto para a redação”, lembra Lígia.
O jornalismo comunitário se fortaleceu ao longo dos anos e se tornou um espaço permanente para que moradores participem da construção das notícias. Em edições especiais, representantes da comunidade são convidados a falar sobre temas como saúde, segurança pública e educação.
Juliene, editora do MS1 há três anos, explica como funciona o planejamento diário:
“A gente vê o que está previsto para os repórteres e vai para o WhatsApp, porque temos muitas participações dos telespectadores, muitos pedidos. Quando uma matéria resulta em algo positivo, é uma realização para nós, porque ajudamos as pessoas.”
Juliene editora do MS1
TV Morena
Ligia Garcia assistente administrativo da RMC
TV Morena
A apresentadora e editora-chefe Bruna Mendes coordena a equipe há quase uma década. Atualmente em licença maternidade, foi substituída pela repórter Ana Lívia Tavares, que assumiu a condução do telejornal.
Ana Lívia destaca a diferença entre estar na rua e no estúdio: “Quando fazemos reportagem na rua, o contato é direto, estamos ao lado da pessoa. É algo tangível.”
O MS1 reforça diariamente a importância de olhar para os bairros e para os problemas locais. O público acompanha e participa, garantindo a audiência do telejornal há décadas.
“As pessoas querem se ver, querem ter voz. O jornalismo está aqui para isso: dar espaço e legitimar os valores, os direitos e os deveres do cidadão”, resume a equipe.
*A reportagem é de Osvaldo Nóbrega, com edição de texto realizada por Nadyenka Castro e Jaqueline Bortolotto. A edição de imagens ficou a cargo de Reginaldo Silva, e a produção foi feita por Nadyenka Castro. As imagens são de Sergio Saturnino e Itamar Silva.
60 anos de Rede Mato-grossense de Comunicação
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