Reciclagem de materiais poderia gerar mais de 40 mil empregos no RJ e renda de mais de R$ 11 bi, aponta relatório da Firjan

  • 26/10/2025
(Foto: Reprodução)
Papelão encaminhado para reciclagem Divulgação/ Paula Johas/ Firjan A economia do Rio de Janeiro deixa de gerar 40,6 mil empregos diretos e indiretos por causa da destinação incorreta de materiais recicláveis, segundo relatório divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O documento retrata o quanto o estado perde ao não reaproveitar plástico, papel, papelão, vidro e metal. Mais de 2,5 milhões de toneladas de insumos que poderiam ser reutilizados são enviados anualmente para aterros sanitários. O “Mapeamento dos Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro” destaca os impactos no mercado de trabalho e na geração de riqueza. Segundo cálculos da Firjan, se estes materiais fossem destinados à reciclagem gerariam uma renda anual de R$ 11,6 bilhões ao Rio de Janeiro. Os dados usados no estudo são dos municípios fluminenses ao longo do ano de 2023. “O Rio de Janeiro, apesar de ser um grande gerador de resíduos pós-consumo, perde boa parte das oportunidades de aproveitar o valor desses resíduos. O que a gente vê é o quanto é essa lacuna, esse gargalo. E o que observamos é que o Rio de Janeiro perde mais de 2,5 milhões em insumos que tem potencial de reciclagem e que vão parar nos aterros. Eles perdem o valor e isso geraria uma oportunidade de reinvestimento na economia”, diz a especialista em sustentabilidade da Firjan, Carolina Zoccoli. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Reciclagem de materiais poderia gerar mais de 40 mil empregos no Rio de Janeiro Divulgação/ Paula Johas/ Firjan De acordo com a Firjan, apesar da cadeia produtiva da reciclagem ter crescido nos últimos anos, ainda não é suficiente para dar conta da imensa demanda por reciclagem no Rio de Janeiro. O estudo afirma que falta a circularidade destes recursos, em uma grande cadeia econômica. Como solução, o estudo recomenda a formalização e fortalecimento dos integrantes do setor, como as cooperativas de catadores e a indústria recicladora. Os dados mostram que, pelo menos, sete cidades do Rio de Janeiro enviaram seus resíduos para aterros sanitários, sem nenhum tipo de processo de reciclagem. Segundo a Firjan, os números de empregos gerados no setor de reciclagem no Rio de Janeiro não podem ser mensurados atualmente por conta do alto índice de informalidade. Cadeia produtiva complexa Garrafas pet usadas na reciclagem Divulgação/Vinicius Magalhães/Firjan Segundo Zoccoli, a reciclagem depende de uma cadeia de produção que é bastante complexa e que envolve vários atores. “Quando a gente consegue aproveitar, a gente reinsere valores na economia, desde a cooperativa de catadores, passando pelos atacadistas de resíduos, pelos pequenos beneficiadores até a indústria”, diz a especialista destacando o papel econômico do reaproveitamento de insumos. Zoccoli explica que o principal gargalo está na falta de infraestrutura intermediária para o reaproveitamento dos resíduos e reforça a necessidade de incentivos à reciclagem no estado. “Existe demanda para o material. Falta no Rio de Janeiro a estrutura intermediária entre a cooperativa de catadores e a indústria recicladora, que é a ponta final. No meio do caminho, esse resíduo está se perdendo. Principalmente porque ele não é separado na origem, na fonte, onde é gerado”, finalizou. Veja os vídeos que estão em alta no g1

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/10/26/reciclagem-de-materiais-poderia-gerar-mais-de-40-mil-empregos-no-rj-e-renda-de-mais-de-r-11-bi-aponta-relatorio-da-firjan.ghtml


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