TJ vai determinar comarca que vai julgar mãe denunciada por matar filha envenenada após Pontal e Ribeirão Preto recusarem caso

  • 16/12/2025
(Foto: Reprodução)
Nathália Garnica, Elizabete Arrabaça, Larissa Rodrigues, Ribeirão Preto, SP Reprodução/g1 O julgamento da morte de Nathália Garnica vai ser definido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, após o juiz José Roberto Bernardi Liberal, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Ribeirão Preto (SP), se negar a julgar a ação. Antes dele, a juíza titular de Pontal (SP), Bruna Araújo Capelin Matioli, alegou conexão probatória do processo que investiga a morte de Nathália com o processo, já em andamento, da morte de Larissa Rodrigues e determinou que eles fossem julgados juntos. Nos dois casos, Elizabete Arrabaça, de 68 anos, mãe de Nathália e nora de Larissa, é apontada como a responsável. Ela já é ré no processo que investiga a morte de Larissa, mas ainda consta como indiciada no processo que investiga a morte de Nathália. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Com as negativas dos dois magistrados, a decisão sobre a competência do julgamento fica sob responsabilidade de um órgão superior. Procurado pelo g1, o TJ informou que o caso tramita sob segredo de justiça e, por isso, não poderia passar informações. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Na justificativa, Liberal apontou dois pontos para negar julgar o processo em Ribeirão Preto: As provas produzidas na ação penal que apura a morte de Larissa Rodrigues, não têm o poder de influenciar diretamente na investigação da morte de Nathália Garnica A ação penal que investiga a morte de Larissa já está em andamento, com pronúncia dos réus, enquanto a investigação do caso Nathália ainda está em fase inicial (o Ministério Público já ofereceu a denúncia, mas a Justiça ainda não aceitou). LEIA TAMBÉM Juíza de Pontal transfere para Ribeirão processo que julga mãe por matar a filha envenenada Presa em Tremembé, investigada por mortes de nora e filha tem ajudante e participa de coral Ré por morte da nora é denunciada pelo MP também por homicídio da filha no interior de SP Mulher acusada de matar nora e indiciada por assassinar filha age como serial killer O advogado Bruno Corrêa Ribeiro, que defende Elizabete, disse nesta terça-feira (16) que já esperava que o juiz de Ribeirão Preto também se negaria a julgar o processo, assim como a juíza de Pontal. "Referido posicionamento já era o esperado por essa Defesa, conforme manifestado anteriormente, inclusive, no mesmo sentido foi o parecer do promotor de justiça Marcus Tulio Alves Nicolino". Vítimas foram envenenadas com substâncias diferentes Nathália e Larissa foram mortas com um veneno popularmente conhecido como 'chumbinho', mas as substâncias administradas para cada uma das vítimas são diferentes, de acordo com laudos toxicológicos. Além disso, os casos se diferem também na questão das testemunhas que deverão ser ouvidas durante os processos. Elizabete está presa preventivamente na Penitenciária de Tremembé desde o dia 20 de agosto. Ela nega qualquer participação nas mortes da filha ou da nora. A transferência ocorreu a pedido do próprio advogado dela, que alegou questões de segurança na Penitenciária de Votorantim (SP), uma vez que novas detentas com histórico de violência chegariam no local à época. Morte de Nathália Garnica Nathália Garnica morreu aos 42 anos, no dia 9 de fevereiro deste ano, em Pontal, onde morava. Um dia antes, Elizabete Arrabaça esteve com a filha na casa dela. À época, o boletim de ocorrência chegou a ser registrado como morte natural. Quando as investigações sobre a morte da cunhada, Larissa Rodrigues, começaram, um laudo toxicológico apontou que a professora tinha sido envenenada com chumbinho. Elizabete e Luiz Antônio Garnica, irmão de Nathália, foram presos no dia 6 de maio, por suspeita de participação na morte de Larissa. Como o intervalo de tempo entre os dois casos era curto, a polícia passou a investigar também a morte de Nathália. No dia 23 de maio, o corpo dela foi exumado para ser analisado. No dia 17 de junho, o laudo toxicológico confirmou que Nathália também tinha morrido envenenada por chumbinho. Por conta da similaridade dos casos e também por ter sido a última pessoa a estar com as duas vítimas, Elizabete, que já era investigada pela morte da nora, Larissa, passou a ser investigada pela morte da filha, Nathália. Nathália Garnica, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP Reprodução/g1 Processo que investiga morte de Larissa A audiência de instrução do processo que investiga a morte de Larissa ouviu no dia 14 de outubro Luiz Garnica e a mãe, Elizabete Arrabaça. O médico manteve a acusação contra a mãe, negou participação no crime e acusou Elizabete também pela morte da irmã. Também ouvida, Elizabete negou qualquer envolvimento com a morte da nora e desqualificou as alegações feitas por ela, em uma carta enviada da prisão em 31 de maio, onde mencionava que a vítima havia morrido após tomar um remédio que estava com veneno de rato na noite anterior à morte. Luiz Antônio Garnica, Larissa Rodrigues, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP Reprodução/g1 Elizabete dizia que nem ela nem Larissa sabiam que a substância estava na medicação para a dor do estômago que haviam tomado. O médico e a mãe respondem por feminicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e estão presos desde maio. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/12/16/tj-vai-determinar-a-comarca-que-vai-julgar-mae-denunciada-por-matar-filha-envenenada-apos-pontal-e-ribeirao-preto-recusarem-caso.ghtml


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